São poucos os cães com a popularidade do Cocker Spaniel Inglês. Mesmo entre as pessoas que menos conhecem cachorros, ele é lembrado. É daqueles que conquistaram um lugar na mente coletiva. Nos países mais conhecidos da Europa, o Cocker desponta lá em cima, como uma das raças mais registradas. Em Portugal, há cinco anos, reina absoluto como o número um. Na Espanha está nada menos do que em segunda posição. Entre os alemães, ocupa a quinta. Na Inglaterra, sua terra natal, se mantém há muito entre o sexto e o sétimo lugar. Na França, figura em oitavo. Aqui no Brasil, não é diferente. Há mais de uma década, o Cocker tem um posto de destaque entre os cinco cães mais registrados. No ano passado, brilhou em terceiro, com quase sete mil registros. Entre os raros países onde não representa uma preferência nacional, estão os Estados Unidos. Compreensível. Eles desenvolveram uma versão própria da raça, o Cocker Americano, feita a partir do Inglês.
Afinal, o que o Cocker Spaniel Inglês tem para ser tão querido e famosos, mundo afora? Para começar, um tamanho que reúne qualidades tanto dos cães de porte grande como dos de pequeno. Pode viver facilmente dentro ou fora de casa. Em lugares grandes ou diminutos, ainda que nestes precise sair para passear. É mais resistente a quedas e pancadas que cães pequenos e mais fácil de transportar que os grandes. Quem procura as vantagens do tamanho médio, encontra no Cocker uma opção. Outro fator decisivo é a sua aparência que inspira ternura de imediato. É uma tarefa complicada resistir à meiguice dele. Se for filhote então, beira o impossível. O olhar terno, emoldurado pelas longas orelhas, e a cauda que costuma abanar incessantemente são suficientes para amolecer o mais duro dos corações. Susan Grant, do Gillthorpe Kennel, Rio de Janeiro - RJ, endossa: "muitos dos proprietários de Cocker o compram por impulso. Simplesmente não resistem à sua expressão". Se em várias raças a compra impulsiva pode trazer decepção, em se falando de Cocker - para o bem de todos -, costuma mesmo é trazer felicidade. São incomuns os casos de pessoas que devolvem um após adquiri-lo. "Em 20 anos de criação, posso contar nos dedos de uma mão as vezes que quiseram me devolver um exemplar", fala Priscila Queiroz Aranha, do Canil Spider's, São Paulo - SP. "Lembro sim, de dezenas de clientes que voltaram querendo mais um". É aí que entra o maior aliado do tamanho providencial e da irresistível feição do Cocker, amenizando possíveis enganos da compra impulsiva: o comportamento superadaptável a qualquer circunstância e estilo de vida.
CONTAGIANTE
Qual a preferência? Um cão ativo, cheio de energia para mil e uma atividades ou um companheiro tranqüilo, daqueles que apenas nos assistem mergulhados na mais absoluta calma? Tanto faz. O Cocker é o tipo dois em um. O que se quiser dele, se terá. "Pode correr o dia todo com você ou passar o mesmo tempo dormindo ao seu lado", ilustra o criador espanhol, José Manuel Sastre. "Ele vai de um extremo a outro com muita naturalidade, só depende daquilo que o dono solicitar no momento". Seu potencial se expressa bem em atividades esportivas. Quem imagina que apenas as raças grandes têm resistência para longas jornadas de cooper, vai se surpreender com o fôlego guardado por este cão de porte médio. A ex-jogadora da Seleção Brasileira de Basquete e professora de ginástica, Norma Pinto de Oliveira, que além de Cockers já conviveu com várias raças como Pastor Alemão e Dálmata, tem um exemplo quase diário disso. "Corro com meus Cockers cinco vezes por semana, uma média de cinco quilômetros por dia", conta. "Em nada deixam a desejar para os maiores, que em outros tempos foram meus parceiros de corrida". Em esportes para cães, o Cocker dá um show digno de fazer a platéia levantar para aplaudir em pé. No agility, uma das atividades caninas mais badaladas da atualidade, em que o cão passa por diversos obstáculos sob comando do dono, o Cocker contagia quem o assiste para desenvoltura e o ânimo demonstrados durante o trajeto. Elias Teixeira de Oliveira, proprietário de uma empresa especializada em espetáculos de agility na cidade de Santo André - SP, a Alternativa's Dog Show, descreve bem a diferença entre o Cocker e muitas das outras raças competidoras. "Haja obstáculo para apagar tanto fogo. A alegria e a disposição que tomam conta dele, quando se depara com a pista, ficam claras até pelo olhar", fala. "Há raças que se saem bem, pois são obedientes, mas permanecem 'sérias', como se apenas estivessem compenetradas em atender às ordens do dono. O Cocker não, faz brincando mesmo e deixa transparente que a diversão é toda dele". A jovialidade plena no jeito de ser da raça, que se mantém inalterada no transcorrer da idade, o transforma num amigão de crianças. Façam elas o que fizerem, o Cocker não reage de forma agressiva. E isso foi dito, com unanimidade, por todos os criadores e proprietários entrevistados por Cães & Cia. Cocker e crianças brincam exaustivamente. Priscila se lembra de quando seu sobrinho era pequeno e levava alguns amigos para o sítio, onde morava. "Ficava impressionada. A garotada e os cães passavam da manhã à noite fazendo a maior bagunça no jardim", conta. "Se eu não estabelecesse a hora de parar, não paravam nunca". Mas, como bem elucida Débora Cristina Weihrmann, do Canil Apple Flower's, Joinville - SC, não pense que ele será babá de criança, protegendo-a de acidentes como o Collie e o Boxer costumam fazer. "O Cocker só quer farra", diz. "Se, por exemplo, uma criança estiver brincando próxima a um local de onde possa cair, ele não tentará afastá-la de lá. Talvez caiam os dois".
CALMARIA
Carlos de Oliveira Leite, de 67 anos, proprietário de uma Cocker, a Nina, participa do momento de maior euforia da cadela: a visita dos netos pequenos, que caem na farra com ela. No entanto, o objetivo principal quando comprou Nina era ter uma companheira tranqüila para viver ao seu lado. "Não podia ter maior felicidade na escolha da raça", declara. "Ela passa o dia quietinha ao meu lado enquanto leio ou vejo televisão. Se saio e não a levo, fica no portão me esperando". A faceta sossegada do Cocker em nada fica devendo ao lado cheio de vida. É por isso que a americana Louise Shattuck que cria Cocker Inglês, tem tido sucesso no trabalho filantrópico que desempenha em asilos e hospitais psiquiátricos, auxiliada por seus cães. "Em cada visita levo de oito a dez exemplares", comenta Louise. "A tranqüilidade da raça e a docilidade deixam os pacientes serenos, faz com que relaxem e fiquem mais sociáveis". O veterinário e criador Henrique Cockell Andrade, do Canil D'lone, Teresópolis - RJ, também conhece a habilidade do Cocker em transmitir sua calma. "Foi em função disso que vendi um Cocker para uma criança excepcional, indicado pelo próprio médico neurologista dela", recorda. "Alguns meses depois, os avós me telefonaram dizendo que o garoto já estava bem mais calmo". Outro exemplo do quanto pode ser importante o espírito tranqüilo da raça é o de Luzia Silveira, que já teve Collie, Pointer, Setter, Poodle, Pequinês e Shih Tzu. Hoje, dedica-se integralmente à criação de Cocker Inglês, pelo Canil The Play House, São Paulo - SP. Luzia, devido à paralisia, usa muletas ou andadores e descobriu na raça a melhor companheira dentro de suas limitações físicas. "Eles não ficam inquietos pulando sobre mim, o que poderia me desequilibrar. Além disso, existe a vantagem do tamanho. Não são grandes a ponto de dificultar o manuseio e nem pequenos para que fiquem machucados, caso eu caia em cima deles".
CONVENIÊNCIAS
A raça também não se enquadra entre aquelas famosas por latirem muito. Sorte da vizinhança. "Às vezes viajo com meus Cockers e me hospedo em hotéis", conta Vera Lúcia dos Santos Carvalho, do Canil Landver, Brasília - DF. "Já cheguei a receber parabéns de gerentes pelo silêncio dos cães". O Cocker, além de tudo, é sinônimo de sociabilidade. Faz amizade com qualquer pessoa estranha. "É ótimo ter um cão que possa ficar solto quando recebemos visitas", diz Piedade Tavares de Castro, do Canil Assunção de Pie, São Paulo - SP. "Melhor ainda é que ele não as incomoda, saltando sobre elas ou pedindo carinho. Apenas o fará se convidado para tanto". O presidente da Sociedade Paulista do Coker Spaniel Inglês, Milton Zimberg, ainda enxerga outras conveniências na capacidade do Cocker se relacionar bem com todo mundo. "Não há receio em deixá-lo com alguém devido à necessidade de viajar ou mesmo de doá-lo,", afirma. "Podemos ficar em paz, pois a raça se adapta rapidamente a uma vida nova". A política da boa vizinhança da raça estende-se a outros animais. Só não valem aves em geral. Débora confirma: "vive em harmonia até com gatos, mas pássaros, confesso que às vezes acho alguns mortos no jardim". Não é de estranhar. O Cocker, desde suas origens, foi desenvolvido para ser caçador de aves.
VENTO EM POPA
Para alegria dos amantes da raça, a situação dos exemplares brasileiros é muito boa. Segundo José Peduti Neto, Werner Degenhardt, Suzanne Blum e Anita Soares, os juízes nacionais da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) que mais julgaram no exterior no ano passado, os Cockers daqui podem competir em qualidade, sem medo, com os da Europa. Mas, ainda que a situação da raça no país seja animadora, sempre há o que melhorar. Peduti comenta que existem cães com a linha superior carpeada (arqueada para cima). Hilda Drumond, juíza da Associação Cinológica do Brasil (ACB), aponta alguns outros defeito que devem ser evitados por meio de cruzamentos selecionados. Um deles são exemplares compridos demais. O Cocker típico tem altura igual ao comprimento do corpo, medido da cernelha (onde o dorso encontra a base do pescoço) à raiz da cauda. Outro defeito é a falta de arqueamento das costelas, que resulta em peitos estreitos, enquanto que o característico na raça é serem largos. Aparecem também alguns com cabeças largas demais, o que não é desejado. A maior preocupação dos criadores, no entanto, é quanto ao cruzamento entre as cores. O Cocker está entre os cães com maior número de colorações. Ultrapassa quinze. É dividido em duas variedades, em função da cor: exemplares sólidos e particoloridos. Os chamados sólidos são aqueles inteiramente de uma cor ou que no máximo apresentam uma segunda, sob forma de marcas em tom canela (tan) acima dos olhos, nas laterais do focinho, face interna das orelhas, no peito, face internas da coxas, patas e embaixo da cauda. A cor branca só é aceita se for uma pequena mancha no peito. Já os particoloridos podem apresentar de duas a três cores, sendo que uma delas é sempre a branca. A questão fundamental é que essas duas variedades não devem acasalar entre si. Cães & Cia na última reportagem sobre a raça, na edição 187, teve como tema principal a coloração no Cocker Spaniel Inglês. Nela era explicado que o cruzamento entre as duas variedades foi muito usado no passado, mas que atualmente a raça já chegou ao seu ponto máximo de definição das cores. Misturá-las é retroceder. É quase certo que aparecerão cães com distribuição confusa de marcações. "Nascem, por exemplo, exemplares sólidos com grandes manchas brancas ou com cores em dégrade", explica Vininha Filippo de Carvalho, do Canil Del Valle, Guaratinguetá - SP. "Além disso, mesmo que apareçam descendentes dessa mistura com a cor correta, não se sabe o quê transmitirão aos filhotes, dificultando o trabalho de previsão das cores de uma ninhada". Também deve-se evitar cruzar, por mais de três gerações seguidas, exemplares que portem fatores recessivos, como o dourado, laranja-e-branco e laranja-ruão (pintinhas em áreas brancas). Além de ocasionar cores com tonalidades inconstantes, pode acarretar físicos menos robustos e desvios comportamentais. Por mais maluco que isso possa parecer, a genética nos guarda essas surpresas. Peduti, na edição 187, explicou que há chances de ocorrer um linkage. Ou seja, um gene que determina uma característica, como por exemplo a cor, carrega genes que determinam outras coisas, como o comportamento ou o tipo físico.
CHECK-UP
Todas as raças exigem alguns cuidados específicos em relação à higiene e saúde. No Cocker, as orelhas compridas abafam os ouvidos, que acumulam mais cera, umidade e sujeira. Isso o torna propenso à otite. Para evitar, a veterinária Cynthia Peixoto,consultora de Cães & Cia, recomenda limpar os ouvidos semanalmente com algodão embebido em óleo de amêndoa ou Johnson's. Depois, retira-se o excesso de óleo, com algodão seco. Cynthia comenta também que as orelhas longas, por encostarem mais facilmente no chão e por balançarem muito, levam sujeira aos olhos. Como parte da mucosa deles fica naturalmente exposta, há uma tendência à conjuntivite. Daí, a necessidade de limpá-los a cada dois dias com água boricada. A raça é sujeita a entrópio (pálpebra virada para dentro) ou ectrópio (virada para fora). Em decorrência, os olhos infeccionam. Corrige-se cirurgicamente. Como o Cocker tem muito pêlo entre os dedos e entre as almofadas plantares, retém mais sujeira e umidade. Resultado: freiras nas patas. Há duas formas de prevenir. Uma é limpando bem entre os dedos e secando quando estiverem molhados. A outra, é mantendo o pêlo da região sempre curto. A raça também exige cuidados com a alimentação. É extremamente gulosa. Se não for controlada, fica obesa. Consequentemente, terá problemas no funcionamento dos órgãos vitais. Não oferecer petiscos fora de hora e nem exagerar nas doses de refeições são as regras milagrosas para mantê-la em forma. A doença hereditária mais comum na raça é a catarata juvenil. Aparece quando o cão ainda é jovem. Há também a atrofia progressiva da retina, que se manifesta por volta dos cinco a seis anos. Ambas causam perda gradativa da visão e cegueira. Podem ser detectadas por exame. Existe também a nefropatia renal, uma atrofia dos rins, que surge entre os seis meses e os dois anos de idade. É fatal. "No Brasil há pouquíssimos casos", diz Heidi Hermann, presidente do Clube do Cocker Spaniel Inglês de São Paulo. "A doença foi comum na Inglaterra; hoje de tão combatida quase não aparece". O veterinário Caio Lemmi, esclarece que o fato de um dos pais do cão ter manifestado quaisquer desses problemas genéticos aumenta bem a probabilidade do filhote os desenvolver. Em contrapartida, pais saudáveis não garantem ninhadas saudáveis já que isso depende também da saúde de gerações anteriores. De qualquer forma, cães portadores não devem reproduzir.
Maria Amélia Henriques da Silva, do Moonshine Hill Kennel, Ilha do Governador - RJ, dá a dica de beleza: "tose o Cocker a cada três meses, fica mais fácil mantê-lo limpo e o aspecto torna-se bem mais bonito".
SANGUE ESPANHOL
Tudo indica que a origem da raça encontra suas raízes na Espanha, onde acredita-se que os Spaniels, cães hábeis em caçar aves, tenham surgido.
Parte desses tornou-se o Cocker Spaniel Inglês, a partir de uma divisão feita na Inglaterra. A denominação "Cocker" foi usada pela primeira vez em 1859, numa exposição em Birmingham, e o reconhecimento oficial da raça veio 33 anos mais tarde, em 1892.
PADRÃO OFICIAL
CBKC no 075 de 30/4/1994
FCI nº 75c de 24/6/1989.
Classificação FCI: Grupo 8 : Cães D'água, Levantadores e Retrievers Seção B4: Levantadores Britânicos.
País de Origem: Grã-Bretanha.
Nome no país de origem: Cocker Spaniel.
Utilização: Levantador de caça.
Prova de trabalho: para o campeonato, independente.
APARÊNCIA GERAL: alegre, robusto, própria para caça, bem balanceado e compacto, medindo, da cernelha ao chão, aproximadamente, o mesmo que o da cernelha à inserção da cauda.
CARACTERÍSTICAS: de natureza alegre, a cauda com movimento incessante e atividade típica cheia de energia, principalmente quando segue o rastro, sem medo de penetrar em esconderijos densos.
TEMPERAMENTO: meigo, afetuoso; cheio de vida e exuberante.
CABEÇA e CRÂNIO: focinho bem quadrado, com stop bem marcado, situado à meia distância entre a ponta do nariz e o occipital. Crânio bem desenvolvido, nitidamente cinzelado, nem muito afilado nem muito grosseiro. Os ossos da face não devem ser proeminentes. Nariz suficientemente largo para favorecer a capacidade do faro.
Olhos: cheios, inseridos na superfície, marrom escuros ou marrons, jamais claros; porém, no caso de cães de cor fígado, fígado ruão e fígado e branco, os olhos são de cor avelã escura, em harmonia com a pelagem; com expressão de inteligência e meiguice, porém alerta, esperto e alegre; pálpebras bem ajustados.
Orelhas: lobulares, de inserção baixa, ao nível dos olhos. Couro refinado, bem revestidas com pêlos longos, lisos e sedosos. Seu comprimento alcança a ponta do nariz, quando, para medir, estende-se o couro para a frente.
Boca: mandíbula forte, com uma mordedura em tesoura, perfeita; regular e completa, isto é, os incisivos superiores sobrepassam ligeiramente os inferiores e são inseridos em ângulo reto com os maxilares.
PESCOÇO: de comprimento médio, musculoso. Inserido elegantemente em ombros bem inclinados. Garganta sem barbelas.
Tronco: forte e compacto. Antepeito bem desenvolvido de largura moderada e peito profundo. Costelas bem arqueadas. Lombo curto e largo. Linha superior firme e reta, suavemente descendente do final do lombo à raiz da cauda.
ANTERIORES: ombros bem inclinados e refinado. Membros com boa ossatura, retos, suficientemente curtos para concentrar força, sem chegar ao ponto de interferir no tremendo esforço esperado deste magnífico e pequeno cão de caça.
POSTERIORES: largos, bem arredondados e muito musculosos, com boa ossatura. Joelhos bem angulados. Jarretes curtos, dando maior propulsão.
PATAS: como os do gato, firmes, com almofadas grossas.
CAUDA: inseridas ligeiramente abaixo da linha do dorso. Deve ser alegre em movimento e portada horizontalmente, nunca para cima. Normalmente amputada com comprimento moderado, adequado para não interferir na sua ação incessante e alegre quando em trabalho.
MOVIMENTAÇÃO:andadura fluente, com grande propulsão e boa cobertura de solo.
PELAGEM: pêlo liso, de textura sedosa, não muito abundante, jamais duro, ondulado ou crespo. Bem franjado nos anteriores, corpo e cima dos jarretes.
CORES: várias. Nas cores sólidas, só é permitido a cor branca no peito.
TAMANHO: altura aproximada para machos de 39 a 41cm e para fêmeas de 38 a 39 cm. Peso aproximado: de 13 a 15 quilos.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta, e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
NOTA: os machos devem apresentar os dois testículos, visivelmente normais, bem acomodados na bolsa escrotal.